sábado, 12 de agosto de 2017
UM CANDELABRO
Estava chovendo. Era isso motivo de alegrias sem conta. É que há muito tempo já a água vinda lá do céu não dava um ar da sua especialísssima graça.
Estava chovendo e era de noite. Quem,naquele lugar,um lugar como outro qualquer,por isso mesmo,um digno representante de todos os lugares que a chuva estava contemplando,melhor manifestava o contentamento que em todos ia? Não havia a dúvida mínima de que era o rícino que se lembrara de vir habitar uma nesga de empedrado que havia por ali,meio escondido.
As suas numerosas e largas folhas molhadas reflectiam a luz de um timido candieiro com tal intensidade que parecia o rícino um candelabro de milhares de lâmpadas.
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