quarta-feira, 2 de agosto de 2017

NA MISÉRIA

Não há mal que sempre dure. O que é preciso é dar tempo ao tempo,que,um dia,chegará o remédio. E foi o que aconteceu com certo mal de que dois pedeciam já há muito tempo, um mal teimoso,e que os levava a andarem sempre com a pedra no sapato,com receio de que as suas casas fossem assaltadas. A circunstância,essa senhora muito nervosa,entretanto,mudara,e muito. E fez-se luz. Já chegava de tanta teimosia. É que acabaram por dar conta de que estavam os dois no mesmo barco. A continuar assim,eram capazes de acordar,uma noite,vendo as portas arrombadas. E nem pensar nisso,pois ficariam,talvez,na miséria,e isso é que nunca.

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