sábado, 12 de agosto de 2017

MATO BRAVIO

A casita já não era nova. Teria sido já dos pais,ou dos avós. A terra ali,à beira da estrada,era melhor,até havia um poço,que dava para ter uma hortinha,onde pontificavam couves que pareciam árvores. Também por lá se viam algumas videiras,que não dariam para os gastos de um ano. Em tempos,seria aquilo uma ilha no meio de mato bravio. Nessas alturas, os horizontes eram largos. Mas depois,a pouco e pouco,as vistas deram em tapar-se,por via de plantações de eucaliptos. E lá surgiu ali uma ratoeira,que traria os habitantes da casita em grande sobressalto,não sendo preciso explicar porquê. Só pela estrada é que poderiam escapar,mas para isso tinham de andar quilómetros e mais quilómetros,para um lado e para o outro. Um sarilho dos grandes. Tinham de rogar a todos os santos para dele os livrar,que dali não podiam sair.

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