quinta-feira, 17 de agosto de 2017
CADEIRINHA
Um largo para não mais esquecer,um largo que começou por ser grande,mesmo muito grande,e que depois,com o dobrar dos anos,foi encolhendo,encolhendo,até ficar reduzido ao que hoje é,um larguinho,com uma pequena estátua ao meio. E tudo isto,este grande fenómeno,deu-se por obra e graça dos olhos que o foram vendo.
Pois neste largo sucedeu uma coisa importante,melhor dito,muito importante. É que foi lá,numa casa para ela virado,que certo menino,de pouco mais de seis anos,aprendeu as primeiras letras,letras que lhe custaram o ter trazido de casa uma cadeirinha,senão seria obrigado,querendo sentar-se,a fazê-lo no chão. Acontecera,simplesmente,que outros meninos e meninas se lhe tinham adiantado,esgotando as cadeiras que lá havia.
Foi isto um sério sinal para o menino,que ele,naquela altura,não entendeu. É que,ao crescer,não muito perto dos começos,mas um tanto lá mais para diante,não lhe foi nada fácil ocupar outras cadeiras,não só por causa da concorrência em si,mas por causa de outras coisas,coisas de velhos e de novos,mas mais de velhos.
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