quarta-feira, 11 de julho de 2018
ALGURES NESTE VALE - A MOCA
Ganadaria necessita de espaço, e aquela herdade fora arrendada para casa dos garraios. Ele tinha de estar,pois, sempre alerta,que o seguro morreu de velho. Para maior descanso,antes de iniciar o trabalho,dirigia-se ao "monte", para saber onde se encontravam os bichinhos. Cortou-lhes as voltas por alguns dias,mas por fim,que a tarefa tinha de ser concluída,teve de ir ao seu encontro. Lá estavam eles,dispersos em pequeno vale. Ali havia boa comida,que a terra era fresca. O maioral,que estava sentado no rebordo de um poço,aproximou-se. Vinha apoiado num cajado,em forma de moca. Então,a montada? Ficara lá no "monte",raramente a utilizava. Vira-os nascer e conheciam-se bem. Então,para que servia a moca? Eles eram novos,eram como crianças. Gostavam de brincar e por vezes excediam-se. Era nessas alturas que a moca intervinha,para os separar,para evitar que se aleijassem,o que seria uma carga de trabalhos e,talvez, grosso prejuízo. E o diabo do homem dizia isto com naturalidade,como se estivesse a falar de cães ou de gatos. Na sua companhia,e com a proteção do jipe,lá se deu conta do serviço,mas sempre muito amedrontado,a pensar que eles podiam perder o respeito à moca.
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