E os mais novos,quinze anos,dezasseis,dezoito anos,todos alegres daquela primeira migração às sementeiras de lá baixo,esses não param,examinando tudo pelos cantos,espantados,deslumbrados,fulvos e bonitos como bezerrinhos de mama;e ei-los estacam diante dos relógios,dos aparelhos do telégrafo,a sala do restaurante cheia de flores,os chalés de hospedagem e os pequenos jardins dos empregados da estação... Dois ou três arranham nas bandurras fados chorosos,melodias locais duma tristeza penetrante,em cujos balanços,gemidos,estribilhos,se acorda o murmúrio dolente das azenhas,vozes da serra,risotas da romagem,balidos do polvilhal que entra no ovil,todas as indefinidas virgindades da Beira,núcleo de força,e ainda agora a mais impoluta ara da família portuguesa...."
De O PAÍS DAS UVAS
O FILHO
FIALHO DE ALMEIDA
CÍRCULO DE LEITORES
1981
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