Coitado do velhote. Ele que andava,naquela altura,muito mais tranquilo,tão tranquilo,que até parecia adivinhar qualquer coisa muito estranha que com ele se estava passando. Estranho ou não,o certo é que ele nem parecia o mesmo de tempos passados,sempre ralado,sempre a lastimar-se,mas nunca revelando o que era. Aquilo era com ele,ninguém tinha nada com isso. Queriam saber,mas tirassem dali o sentido. E fazia um risozinho muito misterioso.
Qual coitado,qual carapuça. Afinal,a coisa estranha,de estranha nada tinha,nem mais,nem menos,uma fortuna inesperada,pois ele para ali não tinha metido nem prego, nem estopa. Vira-se com ela,assim como uma de magia. Mas mágica é que ela não era,mas sim dinheirinho verdadeiro.
Mas o que lhe havia de suceder,pois passou mesmo,de novo,a coitado. É que não havia cão,nem gato,que esquecesse uma coisa daquelas. Então não querem lá ver o diabo do velhote? Parecia que não tinha onde cair morto,afinal está ali rico, que até pode fazer pouco da gente,para aqui uns pobretanas.
Coitado do velhote. Assim com toda a gente a implicar com ele não tinha graça nenhuma. Paciência,pedia ele a si mesmo,paciência. O melhor é dar o dinheiro aos pobrezinhos .Não lhes resolvo os seus muitos problemas pois eles são muitos,mas, ao menos, livro-me das patadas que não se cansam de me dar,que até já nem tenho sítio do meu velho corpo sem uma nódoa negra.
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