Alguém tinha de fazer certo trabalho. Mas as ricas férias,é que ele não podia dispensar. Andava arrasado,talvez de não fazer nada. E do que é que ele se lembrou? Arranjar um que o substituisse. E foi-lhe fácil. Havia ali um moço que só fora ensinado a dizer sim. Um não era grave,podia significar ter de ir dar uma volta.
O trabalho foi feito,mas como era de esperar,muito mal feito. Teria sido melhor,até,não o ter feito. Aquilo merecia castigo. Mas coitado do rapaz. Metia dó. De resto,não era ele que o devia suportar. Ero o outro, o que andava por lá,recuperando da fadiga de não fazer nada. E esse,coitado também,merecia o mesmo perdão. Não eram eles os culpados. De quem seria a culpa? Sabe-se lá. A água já corre há tanto tempo. Sabe-se lá por onde ela tem passado. E sabe-se lá que pés pisaram esses muitos sítios. De quem é a culpa?
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