Consolava-a a certeza de não estar sozinha na desdita. Quantas mães,a maioria,afinal,a acompanhavam nesse transe. Sempre a mesma vida,ao longo de anos,sem uma pausa,por pequena que fosse,a dar algum alento para o resto das duras caminhadas. Paciência. Que nunca faltasse o dinheiro para o essencial,a casa,o comer e o vestir. O pior eram as doenças. Felizmente que havia um médico amigo,de honorários simbólicos e de receituários modestos,em que,frequentemente,intervinham mezinhas caseiras. As mazelas também não passavam,geralmente,do trivial.
Tudo,porém, lá vai passando,umas vezes,melhor,outras,pior. O que é preciso é um pouco de imaginação para transformar pequenos nadas em grandes acontecimentos,satisfazendo-se com ninharias. De resto,o ontem já não existe e o amanhã,de que ninguém é dono,pode trazer muitas surpresas agradáveis.
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