Fê-lo com desenvoltura,com clareza,com precisão,como se fosse uma máquina. Tê-lo-ia feito já muitas vezes,não importa. Talvez por tudo isto,fê-lo de uma maneira fria,muito longe,portanto,
da nada fria marca de cada um dos objectos nas vitrinas.
A explicação terminou e cada um lá foi ver o que quis e da maneira que entendeu. Ela ficou lá à espera de outra leva de gente,para,de novo,desempenhar o seu papel. Mas ficou disponível para qualquer esclarecimento. E foi o que,pelo menos,um certo alguém fez.
E foi como que uma revelação. A sua cara abriu-se num sorriso,os seus olhos iluminaram-se. Não parecia a mesma de há bocadinho. Parecia uma outra. Nem parecia uma freira. Que olhos bonitos ela tinha. Uns olhos azuis,de um azul muito claro. Uns olhos nórdicos.
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